O congelamento de óvulos tem se tornado cada vez mais comum entre mulheres que desejam preservar sua fertilidade para o futuro. Mas uma dúvida muito frequente é: quantos óvulos preciso congelar para ter boas chances de engravidar depois?

A resposta não é única, porque cada organismo tem suas particularidades. Porém, existem parâmetros médicos que ajudam a nortear esse planejamento.

A relação entre idade e qualidade dos óvulos

A idade da mulher é um dos fatores mais importantes nesse processo.

• Mulheres mais jovens, geralmente, produzem óvulos em maior quantidade e com melhor qualidade genética, o que aumenta as chances de sucesso. 
• Já em idades mais avançadas, pode ser necessário congelar uma quantidade maior, pois a reserva ovariana diminui e a qualidade dos óvulos tende a cair. 

Por isso, quanto mais cedo a decisão for tomada, melhores serão os resultados futuros.

Existe um número ideal de óvulos?

Não há um número exato que se aplique a todas as mulheres, mas estudos indicam que, em média, entre 15 e 20 óvulos congelados oferecem boas chances de alcançar uma gestação futura.

Esse número pode variar de acordo com fatores como:

• Idade no momento do congelamento; 
• Resposta do organismo à estimulação hormonal; 
• Histórico de saúde reprodutiva; 
• Técnicas utilizadas no laboratório. 

Em alguns casos, é possível atingir essa quantidade em apenas um ciclo de coleta. Em outros, pode ser necessário realizar mais de uma estimulação ovariana para alcançar o número recomendado.

Mais quantidade significa mais segurança

É importante entender que congelar mais óvulos aumenta as chances de sucesso.
Isso acontece porque nem todos os óvulos congelados chegarão a se transformar em embriões viáveis após o descongelamento e a fertilização.
Quanto maior a reserva congelada, maior a probabilidade de se obter um embrião saudável e, consequentemente, uma gestação.

O que considerar na decisão?

A decisão sobre quantos óvulos congelar deve ser feita junto ao especialista em reprodução assistida. Ele avaliará a idade, exames de reserva ovariana (como o AMH e a contagem de folículos antrais), além de outros fatores individuais que influenciam nesse planejamento.

Caso esteja pensando em preservar sua fertilidade, busque orientação médica. Um acompanhamento adequado garante um processo mais seguro, individualizado e com mais chances de sucesso no futuro.

Dr. Wilson Jaccoud – diretor técnico medico da Fert-Embryo | CRMSP: 41.142 | RQE: 130381