Segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), mais de seis milhões de mulheres na faixa etária entre 20 a 40 anos são afetadas pela endometriose, doença que tem como principais sintomas a dor e a infertilidade.
Dois sintomas são mais importantes e podem coexistir ou ocorrer isoladamente: dor e infertilidade. A dor pélvica depende do tipo de endometriose, mas de uma forma geral pode corresponder à cólica durante o período menstrual (dismenorreia), dor durante a relação sexual (dispareunia), dor pélvica crônica não relacionada à menstruação, dores intestinais ou urinárias, que são mais evidentes durante o período menstrual.
A infertilidade se refere à dificuldade de um casal engravidar após um ano de tentativa. Os sintomas dolorosos podem ser manejados clínica ou cirurgicamente. Boa parte das mulheres portadoras de endometriose responde bem ao tratamento clínico. No entanto, ele é útil para o controle dos sintomas e não para o controle da doença.
Aquelas pessoas que persistem com sintomas mesmo assim ou que apresentam piora dos sintomas no decorrer da idade podem necessitar de cirurgia, que é realizada idealmente por laparoscopia. No caso da infertilidade, também pode ser indicada a cirurgia ou, em alguns casos, a reprodução assistida. O tratamento clínico não tem um papel na infertilidade.
Enfim, o tratamento da endometriose deve ser individualizado, de forma a tratar o tipo específico de doença que a mulher possui e os sintomas específicos no seu caso, levando em consideração a sua idade, desejo reprodutivo e tratamentos prévios.