Estresse na gravidez: como ele afeta a saúde da mãe e do bebê?

A gravidez é um momento único na vida de uma mulher — marcado por expectativas, alegrias, mas também por muitas dúvidas e desafios. Com tantas mudanças físicas, emocionais e sociais, é comum que o estresse na gravidez surja como parte desse processo. No entanto, é preciso atenção: quando não controlado, o estresse pode prejudicar a saúde mental e o bem-estar da gestante e até impactar o desenvolvimento do bebê.

É normal sentir estresse na gravidez?

Sim, sentir estresse na gravidez é absolutamente normal. Afinal, o corpo passa por transformações hormonais intensas, e a mente lida com a ansiedade de um futuro incerto, preocupações com o parto, com a maternidade e com o bem-estar do bebê. Além disso, há os preparativos, as mudanças na rotina e, muitas vezes, as inseguranças financeiras e familiares.

No entanto, esse estresse só se torna um problema quando é constante ou intenso a ponto de comprometer a saúde da gestante. Em casos mais graves, o estresse pode afetar negativamente a saúde na gravidez, tornando necessário buscar apoio emocional ou profissional.

O que pode causar estresse na gravidez?

Entre os principais gatilhos de estresse na gravidez, estão:

• Alterações hormonais que afetam diretamente o humor e as emoções;

• Dúvidas sobre o futuro, o parto e a criação do bebê;

• Problemas nos relacionamentos;

• Preocupações com o trabalho ou situação financeira;

• Diagnósticos médicos que exigem mais cuidado durante a gestação;

• Sensação de sobrecarga com tantas transformações acontecendo ao mesmo tempo.

É importante lembrar que, para cada grávida, as causas e os impactos do estresse podem ser diferentes. Por isso, o acompanhamento personalizado é fundamental.

Quais são os efeitos do estresse para o bebê?

O estresse materno na gestação pode afetar diretamente o bebê em desenvolvimento. Isso acontece porque o cortisol, hormônio relacionado ao estresse, atravessa a placenta e pode alterar o ritmo cardíaco do feto. Quando a grávida vive em estado de alerta constante, o bebê também pode reagir a esse ambiente estressante.

Consequências do estresse crônico na gestação incluem:

• Alterações nos movimentos do bebê dentro do útero;

• Risco de parto prematuro;

• Baixo peso ao nascer;

• Aumento da resistência à insulina e risco de obesidade no futuro;

• Maior risco de problemas de atenção, linguagem e desenvolvimento cognitivo;

• Maior chance de doenças cardíacas e metabólicas na vida adulta.

Cuidados na gravidez para reduzir o estresse

A boa notícia é que existem formas de cuidar da saúde mental durante a gestação e tornar essa fase mais tranquila e positiva. Alguns cuidados na gravidez que ajudam a reduzir o estresse incluem:

• Praticar atividades físicas leves, com orientação médica;

• Adotar uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes;

• Ter momentos de descanso e lazer;

• Participar de grupos de gestantes ou contar com uma rede de apoio;

• Conversar com o parceiro, familiares ou amigos sobre medos e inseguranças;

• Buscar ajuda psicológica, se sentir necessidade.

Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. O equilíbrio emocional da gestante favorece uma gravidez mais segura e um bebê com melhores condições de saúde.

Quando procurar ajuda profissional?

Toda gestante deve contar com um acompanhamento médico adequado, mas em situações de estresse constante, crises de ansiedade ou tristeza profunda, é essencial procurar também o apoio de um psicólogo ou psiquiatra especializado em saúde perinatal.

Não existe maternidade perfeita — existe uma mãe possível, que também precisa de acolhimento. Investir na saúde na gravidez é cuidar da mãe e do bebê, desde o início.