A Fertilização In Vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que consiste na fertilização do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, dando origem a embriões que serão transferidos, posteriormente, para o útero da mulher.
Este é o tratamento de reprodução assistida que oferece mais chances de gravidez àquelas que têm dificuldade para engravidar.
A fertilização in vitro é dividida em 5 etapas:
Consiste na administração de hormônios, normalmente de aplicação subcutânea, para estimular o crescimento de um maior número de folículos e, consequentemente, obter uma maior recuperação de óvulos para serem fertilizados. Esta etapa se inicia no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual e tem duração média de 9 a 12 dias, sendo que neste período a paciente precisa realizar monitoramento do crescimento dos folículos ovarianos (que contém os óvulos) por meio do ultrassom endovaginal e, eventualmente, exames de sangue. Assim que a maioria dos folículos atingirem um volume médio de 18 milímetros, uma última medicação é aplicada, o HCG, para maturação final dos óvulos e coleta dos mesmos dentro de 34 a 36 horas.
O procedimento de coleta de óvulos consiste na retirada dos óvulos do interior dos folículos ovarianos com o auxílio de uma agulha guiada por ultrassom endovaginal. Para iniciar o procedimento, é realizado uma sedação de curta duração.
O líquido aspirado é colocado em um tubo e entregue a embriologista para checagem e coleta dos óvulos.
A coleta de espermatozóides, geralmente, ocorre no mesmo dia da coleta de óvulos, sendo o procedimento realizado por masturbação. Em casos específicos a coleta de espermatozoides pode também ser realizada através de procedimentos cirúrgicos de acordo com a indicação médica.
Após 3 a 4 horas da captação dos óvulos, os gametas são submetidos a fertilização in vitro, que pode ser realizada por 2 diferentes técnicas: a injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI) e a fertilização in vitro clássica (FIV clássica).
Na FIV clássica, os óvulos são incubados em um meio de cultivo com cerca de 110.000 espermatozóides previamente capacitados, para que estes penetrem a membrana dos óvulos espontaneamente. Esta técnica é utilizada desde 1978 e é indicada quando a causa da infertilidade não é masculina.
Após 18 a 20 horas da incubação, é realizada a checagem da fertilização, ou seja, verificação de quantos óvulos foram fertilizados pelo espermatozóide.
É possível saber se houve a fertilização pois aparecerá os 2 pronúcleos (masculino e feminino) no citoplasma do óvulo.
No dia 3 de desenvolvimento embrionário, checamos o desenvolvimento dos embriões quanto a quantidade de células e a porcentagem de fragmentação. E entre os dias 5,6 e 7 fazemos a checagem e a classificação dos embriões em estágio de blastocisto, avaliando o grau de expansão, massa celular interna (MCI) e a trofectoderma.
Após a fertilização, os embriões se desenvolvem em laboratório dentro de 3 a 7 dias.
A transferência embrionária é um procedimento, geralmente, indolor, realizado com um cateter guiado por ultrassom abdominal, que leva o embrião para dentro da cavidade uterina (endométrio).
Após 12 dias da transferência embrionária é feito o exame de gravidez (β-hCG quantitativo) por meio da coleta e análise do sangue.
Os embriões excedentes obtidos no procedimento de fertilização in vitro são vitrificados para sua utilização no futuro.
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