Desde muito jovens, as mulheres são introduzidas ao mundo dos anticoncepcionais, seja por darem início à vida sexual, ou simplesmente para bloquearem a menstruação. Tomar a pílula anticoncepcional se torna uma prática comum do dia a dia, sem maiores questionamentos. Mesmo assim, não é incomum ouvir sobre os efeitos negativos do uso de anticoncepcionais, e quando olhamos para a fertilidade, surge o rumor: será que a ingestão desses hormônios, por tantos anos, pode prejudicar a capacidade de engravidar no futuro?
O uso prolongado de anticoncepcionais não afeta negativamente a saúde reprodutiva feminina. Na verdade, os anticoncepcionais orais têm um papel muito importante na manutenção da saúde ginecológica. Eles não apenas evitam a gravidez indesejada, mas também têm o potencial de camuflar sintomas de condições que podem prejudicar a fertilidade, como a endometriose, a menopausa precoce, entre outras.
Quando a mulher interrompe o uso do anticoncepcional, especialmente após um longo período, é possível que ela se depare com a descoberta de uma condição subjacente que estava sendo controlada pela medicação. Ao cessar o uso, os sintomas podem surgir, levando à investigação e diagnóstico de uma condição que leva a problemas de infertilidade.
Assim que uma mulher saudável para de usar anticoncepcionais orais, seu corpo tem a capacidade de retomar o ciclo menstrual normal. A ovulação, que estava temporariamente suprimida pelo contraceptivo, volta a ocorrer regularmente, possibilitando a gravidez. Isso significa que a fertilidade não é afetada a longo prazo pelo uso anterior da pílula contraceptiva.
Dr. Wilson Jaccoud – Diretor Técnico Médico CRM-SP: 41.142 | RQE: 13038